A gente adora a tal da coerência. Tentamos tanto organizar nossos pensamentos, criar um roteiro lógico para a vida, como se fosse possível definir de antemão o que vamos querer, sentir ou buscar amanhã. Mas a verdade é que somos naturalmente incoerentes — e que delícia que é ser assim! Hoje, eu quero estar cercada de gente, sentir a energia de uma multidão, dançar até o corpo vibrar. Amanhã, tudo que eu quero é paz, a solidão de um bom filme, meu espaço silencioso onde ninguém me incomoda. E tá tudo bem.
A vida não é uma linha reta. Tentamos colocá-la em caixinhas, criar regras para seguir, mas, no fundo, estamos sempre mudando. Um dia queremos a chama da paixão, o romance avassalador, alguém que nos tire do eixo. No outro, queremos calma, liberdade, leveza. E essa oscilação faz parte do nosso ser, de como navegamos nas marés da vida. A coerência pode até ser confortável, mas é a nossa incoerência que nos mantém vivos, em constante transformação.
Por que a gente tenta se prender a uma lógica que, no fundo, nem existe? Os desejos mudam. O humor oscila. O que faz sentido hoje pode parecer uma loucura amanhã, e ainda assim, continua sendo parte da nossa jornada. Queremos uma coisa agora e, logo depois, o oposto. E isso não é indecisão, é apenas... ser humano.
A verdade é que somos um caos de vontades. Queremos a presença e a ausência, o carinho e o espaço, a estabilidade e a liberdade. E é nesse vai e vem que nos encontramos. A vida não é sobre escolher um caminho e seguir firme nele. Ela é sobre explorar todos os caminhos possíveis, até os que não pareciam estar no nosso mapa.
Queremos ficar mais loucas que já somos. Kkkk
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