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E se tudo isso for um sonho?

Às vezes, me pego nesses devaneios, questionando o sentido de tudo. E se essa realidade for uma ilusão, uma Matrix onde tudo está escrito? Ou se, ao contrário, formos apenas um acidente cósmico sem direção, sem propósito? O que houve antes, o que virá depois? Difícil saber. Talvez nunca saibamos. Mas, enquanto tentamos decifrar esse enigma chamado vida, estamos, na verdade, perdendo o que ela tem de mais importante: o agora.

Nos prendemos tanto aos "e se" que esquecemos de viver o que está bem diante de nós. Temos medo de arriscar, de nos jogar, de falhar, como se essa experiência fosse eterna. Mas não é. A vida é efêmera, fugaz. E se essa for a nossa única chance? Se não houver nada depois? A pergunta que fica é: por que não? Por que não arriscar, se aventurar, tentar, falhar?

Agora, se houver algo depois, o que você quer ver quando olhar para trás? Quer ser conhecida como aquela que teve medo de viver? Que se acovardou? Pense na retrospectiva da sua vida passando em um telão, e você ali, com medo de tentar. Sabe, qualquer que seja a resposta para o mistério da existência humana, uma coisa é certa: a covardia não combina com nenhuma delas.

A vida exige coragem, como dizia o poeta. E não é só uma exigência simbólica, é visceral. Tem um ditado africano que diz: “Quando a morte me encontrar, que me encontre vivo.” Viver vai muito além de respirar. Estar vivo é ter coragem, é se movimentar, realizar, sentir na pele os altos e baixos dessa montanha-russa que é a existência.

E você? Está vivendo ou apenas respirando?

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