Até que a morte os separe, dizem Mas é uma falácia, uma venda ilusória A morte não separa ninguém, perceba: Pois ficam as memórias, as lembranças, a história Sinto falta do seu cheiro, do seu gosto, da sua voz Saber que você nunca mais entrará por aquela porta Com suas brincadeiras inconvenientes e sua gargalhada barulhenta É o que mais dói, é o que mais corta Viúvo é quem vai, dizem mais uma vez Mas quem fica é dilacerado. Procurando sentir de novo, ver de novo Tocar o que já foi, reviver o impossível Vivo ansiosa pelo que vem depois, depois de nós Mas dentro de mim um não grita feroz Porque para que haja o depois, eu preciso colocar um fim no agora E como fechar essa porta? Como construir uma nova história carregando você na memória? Será que existe um final feliz depois de nós? O que resta para mim depois de nós? Uma vida de sombras e lembranças de nós? Uma ânsia por liberdade que sempre termina em nós? Nos...
🖤Transformando o limão mais amargo em algo parecido com uma limonada. Quando adolescente eu escrevia um diário em um caderno de capa amarela... o meu bote salva-vidas…🖤