Pular para o conteúdo principal

Resumo

Este blog era pra ser apenas um lugar onde eu escreveria qualquer coisa que me viesse a mente. Meus poemas, minhas fantasias, meus pensamentos. 

Sempre quis ser escritora, desde que me conheço por gente, mas nunca levei esse desejo realmente a sério. 

Talvez por ter sido desencorajada várias vezes, talvez por preguiça.

Não, sei e não importa. 

Fato é que eu deixei esse espaço abandonado, pois a escrita sempre foi um escape pra mim, e quando eu estava feliz eu não conseguia transformar isso em palavras... mas agora eu tô mais perdida que nunca, mais infeliz que nunca, mais devastada do que jamais estive... e eu preciso de um espaço para registrar tudo que penso e quem sabe conseguir organizar tudo que sinto... e com sorte, ao final... me reencontrar.

Então vamos lá...


Eu perdi o amor da minha vida no dia 23.01.22.

Não foi um pé na bunda, ou uma briga. 

Foi aquela força contra a qual não podemos lutar, foi aquela força que nos torna fracos e impotentes. Foi aquela força que a gente finge o tempo todo que não existe, mas que de repente vem e nos devasta, tira de nós tudo que amamos, planejamos, sonhamos e até o que somos. 

Ele faleceu em um acidente. 

Foi repentino, foi doloroso, foi brutal - pra todos nós que ficamos. 

Eu fiquei perdida aqui. 

Dizem que em um acidente sua alma pode se perder de seu corpo, acho que foi a minha alma que se perdeu e desde então tá andando em círculos. Tentando resolver coisas e lidar com tudo que ficou - pessoas, problemas, dores. 

E neste processo mais que doloroso eu resolvi voltar ao que sempre me foi familiar, a escrita, pra tentar achar sentido ou ao menos um rumo no meio de tudo isso. 




Comentários

Postar um comentário

Fala comigo:

Mais Vistas

Desabafo... querido diário

Tá todo mundo me perguntando se eu tô bem hoje. E, no automático, eu respondo: tô bem. Bem… rsrs… o que é estar bem de verdade? Porque a sensação que eu tenho é que ninguém nunca está bem. A gente se acostuma com as pancadas da vida, com as inconstâncias da vida. A vida te dá e também te rouba, a vida faz florescer e morrer. E a gente se acostuma com esse movimento. Se isso for estar bem, compreender o vai e vem, eu tô bem. Não sei dizer se aprendi a lidar com a saudade. Não sei dizer se me acostumei ou se efetivamente cresci ao redor dela. Sinto que, nos últimos 30 dias, não faço nada além de sentir. Sentir profundamente a perda, sentir e lembrar. Até nisso você deu um jeito de ser intenso, não é? Me deixou 30 dias para lembrar e sofrer tudo de uma vez. Bom que consigo ser mais produtiva ao longo do ano… hahahaha… você entenderia essa piada. Dizem que a vida é nascer, casar e morrer … Em 30 dias, eu revivo esse ciclo inteiro, com as festas de final de ano no meio e toda a ausência qu...

Ficar (2024)

Obrigada por escolher ficar Mesmo depois de invadir meu íntimo, E com coragem olhar meus olhos, Mesmo quando eles mostram o caos. Obrigada por ficar, Quando o meu pior se revela, E as falhas se erguem sem disfarce, Sem máscaras, sem filtros. Escolher ficar, É um ato de entrega, É um presente raro, É amor sem amarras. Sou intensa, eu sei, E talvez o meu ritmo seja alto, Talvez meu caos assuste, Obrigada por não tentar me conter. Me colocaram em caixas, Tentaram me limitar, Mas eu luto contra essas paredes, Grito que não posso me encaixar.  Obrigada por me escolher e me enxergar.   Mesmo sabendo a verdade: Que muitas vezes nem eu mesma fico. Nem eu conheço meus abismos, E nem sempre consigo ser minha própria escolha... E, no fundo, O que eu busco É alguém que veja o meu tudo E diga: "Eu fico." Então, obrigada por me olhar, Encarar meus lados sombrios, Me conhecer, E escolher ficar.

Como continuar quando o tempo congela para quem amamos?

É estranho como o corpo sente antes da mente entender. Acordei no meio da madrugada, gripada, exausta, e antes mesmo de abrir os olhos, meu instinto me fez buscar o Rafael ao meu lado. O espaço vazio na cama pareceu mais frio do que nunca, mas como se entendesse o que eu precisava, meu gato se aproximou, silencioso, e encostou o rostinho na minha mão. Animais são anjos – e às vezes, eles sabem coisas que nem nós conseguimos processar. Talvez seja isso: meu corpo sabe que meu aniversário está chegando. Meu terceiro sem ele. O terceiro para mim, mas o quarto para todos os outros que o amavam. A mãe dele foi a primeira a sentir esse vazio, eu fui a última. A primeira e a última mulher da vida dele. É quase poético, se não fosse tão cruel. E tem mais. Ele sempre falou sobre os 40. Sonhava com essa idade, fazia planos, imaginava como seria. E agora sou eu que chego lá. Eu sigo, enquanto ele ficou para sempre nos 39. O tempo continuou, mas para ele, congelou. Como se eu tivesse ultrapassado ...