O Caderno De Capa Amarela

Talvez as coisas estejam finalmente chegando ao seu lugar Que talvez seja lugar algum Depois da curva do vazio Talvez meu coração se cale E os gritos A dor E os gemidos Tornem-se uma parte escura da estrada. Talvez as coisas estejam finalmente chegando em seu lugar Mesmo que o lugar seja um lugar cinzento Sem musica e cores vibrantes Sem apelos e paixões inconstantes E sem dor E sem sabor. Porque nem eu sei como cheguei até aqui Não sei qual curva eu virei sem perceber Eu sei que andei mesmo sem querer... Eu sei que vi chover. E de repente eu estava nesta estrada Que não sei onde leva? Se me leva? Estou enganada! Estou perdida caminhando por lugar nenhum Querendo chegar ao meu paraíso Pelo caminho do incomum... Sei que de tanto andar por essas curvas Percebo agora na encruzilhada Que talvez a coisa certa Seja sair desta amada estrada Seja realmente abandonar esse sonho Seja encarar que as coisas são... Como são E que talvez estejam finalmente em seu lugar...

É engraçado como td aquilo que é importante, vital.. de repente torna-se descartável e sem sal.. perde a graça, perde o brilho, mudando a ótica, vê-se o vazio... Td na vida é uma questão de custo-benefício... de fazer valer a pena... de pagar o preço... e eu já não sei mais se quero... o preço está sendo alto demais... não estou mais disposta a pagar... acho q não vale mais a pena... Eu demoro e decidir o não... mas não faço isso sem a certeza do definitivo.

"Todo o bem que eu puder fazer, toda a ternura que eu puder demonstrar a qualquer ser humano, que eu faça agora, que não os adie ou esqueça, pois não passarei duas vezes pelo mesmo caminho..." "Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim." (Chico Xavier)

Parece estranho Mas de repente tá tudo tão confuso na minha cabeça Os sorrisos e as vozes se misturam E meu coração já não enxerga mais Os olhares se cruzam com mil palavras Mas as frases já não fazem sentido E o passado parece tão doce E tão convidativo Que seu sorriso descobre o meu sorriso. De repente o fim já não faz sentido E percebo que você talvez pudesse ser tudo que sonhei Mas já faz tanto tempo que desviamos um do outro Que ficamos nos olhando incrédulos Tentando descobrir se ainda existe aquele monstro que pintamos Se existem todos os problemas que criamos Se era necessário sofrer tanto... Era mais fácil quando eu te odiava Assim eu simplesmente não precisava me explicar por que O seu sorriso continua o mesmo Com aqueles traços que eu tanto gostava Que com meus dedos eu contornava... E você ainda me olha do mesmo jeito Desenhando meu rosto num olhar mudo... Olhando de lado Fingindo estar bravo... Me dê uma razão pra tudo ter dado errado Porque meus olhos ainda seguem sua boc

Sou uma pessoa assumidamente instável. Preciso de gás novo todos os dias. Eu gosto do novo. Gosto do que me intriga. Me canso fácil, sinto preguiça. Odeio rotina. A repetição me irrita. Eu gosto do sabor do novo. Sei que a rotina me cansa. O mesmo abraço. As mesmas frases. Os mesmos gestos. Os mesmos objetivos. A mesma visão de ontem. O PREVISÍVEL. A rotina da comodidade me irrita… gusto dos desafios, mesmo que por nós inventados. Preciso ser cativada todos os dias, porque a mesmice me cansa. A rotina me afasta. Gosto do cheiro do novo. Me conquiste todos os dias. Me descubra. Me reinvente. Me encante e desencante – mas me surpreenda. Eu não sei viver com o previsível. Não sei ver a beleza do estático. Pra mim, viver é movimentar-se. Viver é recriar-se. Viver é reciclar-se. É fazer de novo o esperado de forma imprevisível. É tornar a rotina cativante. É tecer nas linhas do comum o brilho do inesperado. É fazer a mesma coisa diferente do que você mesmo faria... É adicionar a inevitável

minha cabeça tá cheia demais pra eu pensar em qq coisa... eu sei lá.. tô ficando valha, burra e complicada... pelo menos é essa a sensação que tenho... de que.. com o passar do tempo td tá ficando cinza, com eventuais cores, mas cinza em sua essência.. e sem graça... e sem motivação... ou mais complicado, mais difícil... mais pesado... As cobranças são mts... d tds os lados... os erros não são perdoados... o tempo passa rápido demais... e eu tenho errado tanto! aff.. tanto! erros infantis, erros repetidos, erros tolos... por mais tentativas, inspeções, especulações... que eu faça... os erros vem por akele cantinho da janela quebrada... pela beradinha que eu esquecid e tapar, naquele momento que eu pisquei.. e não podia piscar... aff.. estou velha...

Composição: Stacy Ann Ferguson / Toby Gad La, ra, ra, ra The smell of your skin Lingers on me now You're probably On your flight Back to your hometown I need some shelter Of my own protection baby Be with myself in center Clarity, peace, serenity I hope you know I hope you know That this has nothing to do with you It's personal, myself and I We got some straightening out to do And I'm gonna miss you Like a child Misses their blanket But I've gotta To get a move On with my life It's time to be A big girl now And big girls don't cry Don't cry Don't cry Don't cry The path that I'm walking I must go alone I must take the baby steps 'Til I'm full grown Full grown Fairy tales don't always Have a happy ending, do they? And I foresee The dark ahead if I stay I hope you know I hope you know That this has nothing to do with you It's personal, myself and I We got some straightening Out to do And I'm gonna miss you Like a child misses the

O gosto que nunca senti Volta a minha boca O que nunca vi Aparece em frente aos meus olhos A noite escura me atormenta A tempestade que esquenta. Eu chorei, confesso, Mas não tenho mais nada para contar. As mãos estendidas eram uma farsa Quando as agarrei me foram retiradas. A paixão só parte os corações infelizes A solidão só ataca os corações machucados. As forças se acabam Depois de muito tentar... O desabafo faz parte de um contexto inflável Ao qual sigo com vigor... A repressão me assusta... O abandono é tão constante Que só viver me satisfaz... Procurei paz e liberdade, Hoje vejo que sou mais uma peça Da imunda carcaça desse navio naufragado Dependente de carinhos e de afagos. Esperança não morre, Mas no fundo o receio de acreditar Contorce meu coração Que só queria escapar do naufrágio...

Como é perder algo que você nunca teve? Perder um sonho Que esteve ao alcance das mãos Um sonho tocado Tão fortemente Que seu calor ainda aquece minhas mãos Como é perder algo que você nunca teve? Que de tão próximo Foi para tão longe Intocável... Como é perder algo que você nunca teve? Sentir o gosto nunca provado. O laço desfeito. O espelho quebrado. Aquele abraço apertado... Que não abraça mais...

Eu sei que cedo ou tarde Você vai sentir minha falta Cedo ou tarde sua boca vai querer meu gosto E meu cheio vai invadir a tua sala E seus olhos vão sempre ver meu rosto. E por isso estou tranqüila... Porque cedo ou tarde seu abraço Vai querer meu corpo E quando sozinho Vai ouvir minha voz E num repente vai perceber que não estou E que mais uma vez estás só. E por isso estou tranqüila... Porque na escuridão vai querer o brilho do meu sorriso E o som de minha gargalhada E vai sentir falta do meu silêncio E das palavras que não foram trocadas E seu corpo vai esquentar de saudade Um calor que só minha pele acalma E neste momento vai me procurar de novo. E por isso estou tranqüila.

Passei em frente ao seu bar preferido Não resisti, entrei. Vi seus muitos amigos Cumprimentei. Observei a mesa Que sempre te abrigou Com o copo de uísque Que você nunca tocou. Bebi como um dia você tentou, Mas como um dia ali se sentou Hoje não lá estava Estava longe Debaixo da terra de meus pés Em outro lugar Com outros olhos O Deus que mata, ressuscita O corpo que velho não está mais aqui E a luz deste teu olhar... Saí do seu bar Embriagada em dor Uísque que tomei, você nunca tomou. Passei pelos caminhos que você indicou Olhei os rostos que você olhou Senti as dores que você sentiu Sorri para as bocas que você sorriu Toquei meus lábios, porque partiu? E a vida deste seu sorriso... Escondido, acabado, derrotado... Sinto tanto o passado Que me parece tão distante O futuro tão sombrio Hoje já não é pensamento constante. E passei pelos portões do paraíso Como você passou E te vi nascer com um sorriso Quando você chorou...

As roupas espalhadas pelo chão O corpo quente Todos os seus trejeitos Tatuados na mente Posso te desenhar de olhos fechados Descobrir um sorriso Com teus lábios lacrados Posso roubar um gemido Te olhando de longe Dormindo, sorrindo Brincando de me amar... São pedaços de um sonho... Todos os pedaços de um sonho Todos os pedaços do meu sonho... Pedaços de sonhos... O espelho quebrado O quarto desarrumado Aquele beijo foi roubado Aquele beijo foi roubado... Sua voz rouca e macia No pé do meu ouvido Seu sorriso faceiro Diz que tem muitos segredos Escondidos em pedaços de beijos, Escondidos em lençóis espessos Escondidos em seu jeito... São pedaços de um sonho... Todos os pedaços de um sonho Todos os pedaços do meu sonho... Pedaços de sonhos... No meu corpo seu cheiro Na minha boca seu gosto Com promessas e ensejos... Sua força entra por meus poros Em seus olhos promessas e desejos Mas são só pedaços de um sonho... Todos os pedaços de um sonho Todos os pedaços do meu sonho... Pedaços de son

Sou uma equação não resolvida Uma história mal contada Um brilho que talvez nem exista Um caminho sem chegada. Sou a hora em que a fala some Sou a lágrima que não cai A angustia presa no peito E o grito que num repente sai. Sou todas as palavras que não disse Todas as atitudes que não tomei As pessoas que não conheci As possibilidades que não agarrei. Sou o sol que nasce todo dia Sou a lua que nem sempre aparece Sou a curva na tua ida Sou a pessoa que você não esquece... E posso ir sem deixar rastros Posso ficar mais do teu lado Pois eu escolho o caminho Dando passos inseguros, rápidos, largos....

Será que vou te reconhecer quando te reencontrar??? Será que vai me reconhecer??? Será que ainda vamos nos comunicar com o olhar? Será que vai me ver? E se não mais encontrar você? Como vai ser? Será que vai realmente adoecer? Ou será q vai esquecer? E se eu esquecer você? Como vai ser? Será sua voz na memória? Será esse cheiro que vem toda hora? Será que viraremos história? E que final teria essa história? Teria um final essa história? Seria uma triste história? Seria uma anedota? Uma piada? Um conto sem fadas? Ou só um encontro sob a lua Numa madrugada sem lua Numa rua clara Numa rua escura? Só um encontro sem lua....

Hoje me olho no espelho E não reconheço o rosto que vejo. Hoje procuro em mim Em qualquer lugar Algo que me faça ver além Algo que me faça sentir alguém Algo que me deixe zen... Hoje dói de uma maneira estranha Essa duvida que carrego nas entranhas Essa coisa que corroi e que destrói Esse sentimento de euforia e terror Parece que é amor... Aquele amor doente... Que no fundo só machuca e mente...

Ser livre Tão livre quanto o vento E ser somente Sem nenhum receio. Poder ser Como qualquer pessoa anormal Ser tão somente Pouco moldada Ou sem nenhum molde Não depender do olhar Do sorriso ou da opinião... Ser simplesmente Sem qualquer vínculo Ser eu somente Ser eu enquanto gente E não sentir o que você sente Sem ter que me preocupar Sem ter que te olhar...

Na estrada que passei Você desviou em algum lugar Não sei bem certo onde te deixei Não sei se não quis me acompanhar Onde nos perdemos um do outro Eu não sei dizer Abri os olhos Não te vi Também não te procurei Me encantei com outras flores Me distraí do meu caminho Fingi que não via Quando você seguiu sozinho E quase tudo ficou naquela curva Acabou naquele lugar Minha estrada desviou da sua Eu não quis te acompanhar Não pedi que ficasse Não te impedi de partir Mas chorei quando te vi sair... Dobrar aquela curva Virar sem olhar para traz Chorei quando percebi Que te perdia uma vez mais... Os meus tantos erros Os seus tantos erros.... A separação me trouxe aconchego Talvez eu possa chamar de paz... Tudo que vai deixa as fotos Tudo que fica para traz Os momentos na memória A tentativa que nada refaz... Tudo que foi lindo um dia Hoje se desfaz...