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euu...?! (2008)

Eu demoro muito para definir o não, para não haver perdão, para enterrar no caixão, para arrancar do coração. Mas quando o faço é para sempre. A semente é plantada uma vez, ou cresce ou morre - e fim. Não tem segunda chance, não tem segundo momento. As páginas do livro são viradas, novas histórias são contadas, novos personagens vão surgindo, colorindo meus rabiscos, redesenhando o caminho, porque nada é definitivo, e mudanças são sempre saudáveis. O adeus dói, mas a ferida seca, rápido demais, os curativos que uso são a mágoa e o tempo, que fazem qualquer príncipe tornar-se sapo, e eu não quero um transformista!! Prefiro um sapo assumidamente sapo. Eu busco aquilo que mereço, realizar meu sonho em um beijo... E não quero menos, eu não aceito. A solidão não me assusta mais, e as decepções machucam demais. Não vale a pena tentar transformações - todos no fim são sapos, com ou sem corações. Mas existe um SAPO pra mim, que com seus defeitos vai me fazer sorrir, e nas brigas vai me redesco

De onde nasceu (1998)

Alguém me venceu Me destruiu E depois da tempestade Que caiu sobre mim... Depois do sol De novo surgir... É que vi onde havia errado. Depois que a neblina que me cegava Ficou para trás Foi que vi que havíamos sofrido em vão. Depois de tanto sangue derramado sem precisão. Depois de eu ter partido meu coração. Depois de vê-lo perder-se em meio ao furacão... A brisa leve da manhã roçou minha pele ...Depois da faca da paixão Depois de escorrer os sangue da ilusão Brilhou no meu coração A luz da amizade...

Não Quero (2003)

Não quero te amar Nem ao menos precisar de você. Não quero te querer. Não quero te olhar Nem ter que te ver. Nem ao menos te querer. Não vou te procurar Não vou te fazer sofrer. E não, eu não quero te querer. Não vou te sentir Nem te fazer me sentir. Não quero te fazer me querer. E não! Oh, não! Não quero te querer. Nem te ver Nem sentir Não quero te ouvir! Nem sonhar Nem pedir Não quero você aqui. Nem no sim Nem no não Não quero suas mãos Dor e solução Não quero te querer então. Hoje não... Hoje não... Não quero te querer... oh não... Hoje não...

Os mesmos erros... (Nov/2007)

Eu estava indo para o trabalho hoje, pensando em tudo o que quis e tudo o que conquistei. Estava indo para o trabalho e lembrando de todas as vezes que desisti, de todas as vezes que senti medo. Lembrei das tantas conversas que já tive com meus pais, das gargalhadas e das lágrimas, sentada na beirada da cama deles, enquanto eles me davam inúmeras visões do mesmo assunto. Enquanto discordavam de mim, sempre defendendo o outro lado, ou apenas me mostrando que existem dois lados. Hoje, estava lembrando das tantas vezes que estufei o peito e disse que o mundo estava em minhas mãos e que eu resolveria tudo... rs... tantas dessas vezes em que enfiei ainda mais os pés pelas mãos e voltei para a cama dos meus pais, ainda mais assustada. Quantas vezes preferi ostentar meu orgulho e valorizar meu amor-próprio – insubstituível – bradando que a dignidade era o que importava, sendo que estava me humilhando incontáveis vezes... Deus! Fico pensando em tudo o que já perdi por medo... essa necessidade

Eu estou...

Escrevendo em linhas tortas, gaguejando palavras soltas... procurando um caminho certo.... mesmo encantada pelo incerto... Buscando caminhos, reorganizando idéias.... refazendo metas, desenrolando promessas.... buscando forças, buscando verdades, relendo a msm história, procurando corrigir erros, entender erros, não cometer os mesmos erros.... Apagando certezas, seguindo curvas, fazendo curvas, pulando janelas, cruzando ruas.... Seguindo caminhos que não sei... mas nos quais realmente acredito... procurando o que realmente acredito, o que meu coração pede, o que minha alma busca... dando passos firmes, apaixonados, certos da chegada, msm q a estrada seja árdua... Cheia de esperança... Cheia de esperança... Cheia de fé...!

Os olhos

Tudo ficou escuro e embaçado... eram lágrimas demais... Os dedos tentavam inutilmente limpar os olhos, e os olhos tentava inutilmente enxergar... As lágrimas nunca foram tão intensas e doloridas... escorriam pelos rosto como se fossem navalhas, cortando a carne... lembrando do quanto era idiota... lembrando de todos os erros... todas as curvas que não fez, todas as escolhas erradas que fez.. Mas tinha ainda seu orgulho... e aquele sorriso vencedor para exibir... mesmo porque no quarto escuro.. na noite infinita.. ninguém saberia das dores que sentia, dos erros que cometia... Piscou... tentando secar as lágrimas... enxugando o rosto com as costas das mãos... Aquele tempo bonito tinha ficado para trás... mais uma vez tinha acordado e visto seu mundo desmoronando em pedaços suaves... e decidiu fazer dessa vez o que nunca fizera... chutar tudo e esperar a dor ir embora... ou sofrer sozinha... o que seria muito melhor... chorar sozinha... sem expectativas, sem decepções... porque o q faz so

Perder (24/10/07)

Não existe nada pior do que o gosto do fracasso. É amargo, ácido, gruda na língua, infecta a garganta, demora a ser engolido, digerido, esquecido... Ele faz com que a "coisa" perdida seja colocada em um pedestal intocável, dá a ela valor inestimável, torna seu sabor insubstituível, faz dela algo insubstituível... Perder. Tão natural quanto respirar. Mas nos enfraquece e desencoraja tão rapidamente, tira as certezas, nos confunde. Perder nos torna incopetentes, carentes, desperta as piores sensações. E tentamos "por banca" de não estar sentindo nada, de "eu nem queria mesmo"... despeito, dor de cotovelo. Qdo na verdade deveríamos velar o difunto, enterrá-lo, ou cremá-lo, (prefiro cremar, encerra definitivamente)... deveríamos curtir o luto, vivenciar a perda em todos os seus bons e maus aspectos. Analisar todos os erros cometidos, refazer a tragetória, entender o pq do fim... Levar algumas flores ao túmulo, ou observar a a urna cheia, até finalmente derrama

Relacionamento X Pescaria... (26/10/07)

Ando estudando relacionamentos, alguns na prática, outros por observação, percebi que são extremamente parecidos com uma PESCARIA. Primeiro você se arruma, organiza seus apetrechos, vai para a beira do rio e coloca a isca. Fica atento a ponta da vara, porque em algum momento algum peixe pode morder a isca, pode ou não ser o peixe que você está esperando, ou o "tipo" de peixe que você está esperando, mas fica atento... Talvez você pesque alguma coisa, talvez não... Se a isca for mordida você vai iniciar o procedimento de fisgar, tem que ser certeiro, porque se não o peixe pode se assustar e fugir... em minha opinião é a melhor parte, a incerteza, e finalmente o momento em que o anzol atravessa a carne, mas ainda não é tudo, pode ser que o peixe ceda neste momento e entregue o jogo, ou pode ser que ele não queira sair da água, e começa a briga, os dois medindo força, cada um puxando e dando linha, numa briga quente, que une força e inteligência. Se o pescador ganhar a batalha e

Vem e Vão (2008)

Já não sei que horas são Os dias vem e vão Vem e vão. E tudo parece ter a mesma cor Parece que nada mais tem sabor Porque tá faltando seu calor Tá faltando seu calor na noite fria Tá faltando seu ardor, sua magia Tá faltando sua voz e companhia Tá faltando sua alegria. Às vezes não acredito que perdemos tanto tempo! Ou ganhamos tempo? Longe ou perto... Sempre ligados... Por um suspiro Ou pelo calor de um velho abraço. E nossas histórias se desfazem na poeira Das lembranças que já não querem ficar guardadas E as pessoas que colorem nossas curvas Sabemos que se vão antes da chegada... Vem e vão como as estações As ondas As lagrimas... E só fica o calor daquele abraço... Aquele olhar que foi trocado... Aquele eterno beijo apaixonado.

Sepultura (1999)

Olhando para o mármore frio Molhado de chuva Vejo a morte pela primeira vez. Um nome escrito, Uma história que acabou, Uma lembrança do fim. Uma vida perdida Que um dia foi vivida. Um corpo que se acaba, Um sorriso que nunca mais será visto. Lágrimas que não mais escorrerão. Uma pessoa chora Olhando o mármore que guarda alguém... Uma caixa que protege um corpo... Tendo com ele seu último contato, Frio e sem vida Um rosto pálido Que chora a perda de um rosto que sorria E que na calada da noite Ou numa briga de bar Às vezes por uma doença Deixou de viver e amar. As lágrimas esquentam o mármore frio deixando saudade, E a chuva esquenta o coração de quem chora, Como se em um milagre voltássemos a te sentir entre nós... Aquela pessoa vai embora e a solidão banha o local, O mármore esfria um corpo... que já não é corpo Eu me levando e volto para minha sepultura Pra ver meu corpo terminar de morrer...

Teu sorriso (1999)

Queria ver o teu sorriso Escapar deste inferno Voltar ao paraíso. Mas nem tudo é remédio Nem tudo é real. E a dúvida fica constante Que posso fazer se nosso amor não é verdadeiro? No mais... Já estou cansada de correr atrás de seus delírios. Hoje desisto de sonhos... de futuros que jamais virão. Sei que tentou, tentei Mas não era para ser assim... E na despedida Eu só queria ver o teu sorriso Escapar deste inferno Voltar ao paraíso. Por minutos Meros segundos. E depois ir embora Atrás do amanhã Que há de vir como hoje Em outra estrada, sem você Aprender a viver...

Encanto desencantado (2000)

Hoje há desânimo E dúvidas que vagueiam. No céu nuvens cinza A chorar em nossos leitos. Hoje não saí de casa Prestei atenção ao espelho O reflexo pálido E o arfar de meus seios. O cansaço de meus olhos Competindo com o receio. Hoje sinto medomas um medo controlável Sei que não é fácil... Vivo num encanto desencantado...

Medo (2000)

O meu e o teu sol No amanhecer um medo insólito. hei de morrer com este medo Numa lembrança que vagueia Quando feliz... ofusca e tonteia. Na tristeza Presa - liberta sereia. No mesmo mar que se afogam ilusões Se perdem corações. Em meio ao perigo Te arriscarás ao abismo? Eu queria silêncio Nem palavra Nem sussurro, só sorriso mudo Para acalmar meu medo impuro. Eu queria acreditar em seu murmúrio Confiar em seu toque, talvez imundo... Tenho medo Muito medo do escuro... Com você perigo fica nulo!... E os momentos se esvaem no segundo... Posso sentir seus lábios em toque puro. Mas tenho medo de enganar-me nisso tudo...

descobrindo... (10/08/08)

Estou me descobrindo... encontrando no fundo de mim todas as emoções que escondi.. estou me mostrando.. deixando sair.. estou expondo... o melhor e o pior de mim.. sem medo... sem medo de sofrer, de cair, de doer... estou querendo viver... e só isso importa.. Cada sabor, cada cor, cada gesto... cada apelo, cada toque... quero sentir tudo viver tudo... tocar tudo... aproveitar tudo experimentar tudo... sentir tudo... e aprender... aprender com os tombos, com tudo que for ruim, aprender com o amargo... com o que não for bom sentir.. mas só aprender, e seguir... sem me amargurar sem me fechar, sem me trancar.. quero dividir meu mundo... com o mundo... quero viver cada segundo.. aprender tudo! aprender tudo!!!

Óbvio demais para ser visto... (27/10/07)

Existem assuntos que morrem, mas nós não os enterramos, ficamos mexendo na carne fria, revirando órgãos, procurando verdades e respostas. Existem assuntos que morrem e são enterrados, mas nós ficamos visitando o túmulo, dia pós dia, mesmo que sozinhos, levando flores, pedindo milagres, esperando um milagre... Procurando respostas ÓBVIAS DEMAIS para serem vistas por quem simplesmente não quer ver... Precisamos nos desapegar do que já foi, do que não é mais, e do que alimentamos em nossas mentes, pq muito do que sofremos, do que vivemos é ilusão alimentada, fortalescida por nossas constantes visitas a túmulos que já estão vazios....

Flutuando.... (17/10/07)

Há dias de gravidade 0... os olhos permanescem abertos, os sentidos aguçados, mas nada de respostas. Como se o mundo estivesse girando lento, e o meu tempo passasse suave. Nestes dias sinto o vento no rosto, e percebo pessoas antes não vistas. Nestes dias meus olhos se levantam do meu corpo e observam que fora há vida. Há vida no sorriso de bom dia, e no silêncio do olhar. E nestes dias de pés fora do chão meus olhos cruzam outros olhos e se perdem no fitar. Um fitar interessado e sério, inquiridor e curioso. Um fitar calmo que diz adeus rápido mas fica guardado na memória. E neste meu flutuar me sinto leve, como se os problemas fossem de outra dimensão, os sons chegam fortes, mas sem emoção. Neste flutuar vejo pessoas, que vêm e vão.... Neste flutuar me sinto mais humana, fico mais humana, humana...

Os homens de minha vida (2006)

Os homens de minha vida Vieram e foram Incansavelmente Nada deixaram Insistentemente. Os homens de minha vida Somaram alegrias Memórias e reclamações Momentos vagos, raros Momentos que já não sei Momentos que não esquecerei Promessas ao vento Lágrimas e cristais Alguns eu amei menos... outros mais... Alguns não esquecerei jamais jamais... Os homens de minha vida As histórias vividas As lembranças guardadas As lágrimas choradas As gargalhadas trocadas Tudo que amei A mulher que me tornei...

Alma (2000)

Um sorriso desabrocha, Como flor, bela rosa Que em beleza formosa Se engatilha em pouca prosa. Pode ser perigoso Mas qual é o perigo que não é excitante e gostoso??? Sinto minh'alma se abrir em abismo Amar é um pecado ou um risco?

Quando esperamos demais (2000)

Quando a gente tem muito a dizer E as palavras simplesmente não saem É complicado se expressar E viver sendo sociável É complicado sorrir Quando as lágrimas querem livres cair. E quando a tristeza bate forte É quando se torna difícil ter esperança. Olhar para o céu cinza E acreditar que O sol vai brilhar. Quando precisamos e uma mão amiga De um sorriso sincero Quando só queremos ouvir uma frase graciosa E vem a pedrada maldosa É difícil erguer a cabeça Quando o corpo está fraco E é fácil falar Sem pensar. Quando estamos desesperados É fácil magoar quem está ao nosso lado E precisamos nos encontrar...