Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens com o rótulo meus escritos

Vida (2024)

Encantada com a vida… A leveza da vida, A raridade da vida, A poesia que há na vida… De repente, tudo se alinha… Tudo encontra seu lugar… Sem precisarmos forçar nada… São passos sutis que nos levam longe… É a certeza da chegada que nos guia, E não o caminho que escolhemos… Porque ele vai se moldando, Se desdobrando… Até que, de repente… Encantada com esse espetáculo perfeito, Essa doce orquestra… Esse arranjo “louco”… Amo tudo isso que sou, Que fui, E tudo que me trouxe, Me empurrou ou me lançou aqui… Cada minuto, aparentemente insignificante…  e tão profundamente transformador…

Infinda

Uma imagem  conta uma história, detalhes revelam quem sou e o que amo…  Pedaços de mim espalhados ao vento… pedaços de amores, das paixões que me movem e das memórias que me construíram: fragmentos do que me faz inteira, apesar de infinda… Um sol, um vinho, os rabiscos na pele, o riso compartilhado… Tudo isso está aqui, porque é isso que sou. Porque no fim, somos feitos das coisas que amamos, dos cacos que sobram, das experiências que nos marcaram e dos pequenos detalhes que guardamos na alma. Mais no blog📒, link na Bio.  #livro #escritores #escrever #poesia #poema #escritor #palavrassoltas #escritora #sentimentoemverso #sentir #AutoEstima #MOOD #historias #historia #romance #romancebooks #luto #sentaquelavemhistoria #reflexaododia    #VivaOAgora #AmorEterno #Reflexão #AmeHoje #EcosLiterários #OusandoSonhar #Renascimento #HistóriasQueInspiram

Porta Aberta (10/10/2024)

Eu não me importo em estar sozinha, a cama vazia não me espanta. Mas confesso, de vez em quando, uma ausência me encontra. Sinto falta de um riso cúmplice, de um abraço após o caos, de uma mão que entrelaça a minha, nos domingos mais banais. Mas sei que o amor é bicho solto, não se caça, não se força a chegar. Ele vem, feroz e faminto, e a porta está aberta para ele entrar. Por enquanto, estou em paz, minha própria companhia me abraça. Mas, se o amor quiser bater, ele é bem-vindo, pode entrar...

Abraço (18/10/2007)

Nossos olhos se cruzaram Em frente à praça Sob a árvore frondosa Nos aproximamos Não sei bem porque, já não me lembro, Mas nos abraçamos Numa necessidade tranqüila do toque Na doce tortura de estar perto Seu cheiro invadindo meus poros Seus braços envolvendo-me, quietos A cabeça num vazio inconstante Ligada nos poucos movimentos que fazíamos O roçar de seu rosto no meu rosto E sua respiração entrecortada por suspiros Seus dedos desenhavam meus traços E sua boca seguia esse estreito caminho Contornando os perigos escondidos Despertando os tão bem guardados desejos.... As batidas leves do seu coração tranqüilo Davam o compasso do meu pensamento E eu nem sei por quanto tempo Ficamos ali dividindo o abraço Apertando suaves laços Nos deixando envolver pelo encantamento. E perigosamente próximos Sussurrando palavras sem sentido Controlando a respiração com suspiros Entregues aquele abraço quente Aquele laço nas costas e o carinho O aperto suave e o sorriso A doação sem cobrança E o gemido Pr

Um corredor pra nós (02/10/2024)

  No corredor estreito da nossa história,   brincamos de esbarrar em vontades,   num jogo de olhares que nunca termina,   mas que nunca começa de verdade. O chão frio sob nossos pés descalços   testemunha risos, toques sutis,   palavras suspiradas sem compromisso,   como quem acena pra algo que não se diz. As portas fechadas atrás de nós   sabem mais do que deixamos escapar.   Você de um lado, eu do outro,   sem coragem pra realmente entrar. É tão bom ficar aqui, no meio do caminho,   onde a promessa é leve, o toque é breve,   e o peso da entrega não nos alcança.   Mas o corredor não é casa, nem abrigo. Às vezes, quase cruzo sua porta,   mas você a fecha antes que eu passe.   Às vezes, sou eu que me escondo rápido,   temendo que você veja demais. E assim seguimos, dois estranhos conhecidos,   que se querem, mas não se deixam ter,   confortáveis na superfície do desejo,   medo e prazer. No fundo, sabemos que isso não dura,   o corredor tem fim, o jogo é raso.   E quando um entra e a por

Em seu lugar (2024)

Talvez as coisas estejam finalmente chegando ao seu lugar Que talvez seja lugar algum Depois da curva do vazio Talvez meu coração se cale E os gritos A dor E os gemidos Tornem-se uma parte escura da estrada. Talvez as coisas estejam finalmente chegando em seu lugar Mesmo que o lugar seja um lugar cinzento Sem música e cores vibrantes Sem apelos e paixões inconstantes E sem dor E sem sabor. Porque nem eu sei como cheguei até aqui Não sei qual curva eu virei sem perceber Eu sei que andei mesmo sem querer, Eu sei que vi chover... E de repente eu estava nesta estrada Que não sei onde leva? Se me leva? Estou enganada! Estou perdida caminhando por lugar nenhum Querendo chegar ao meu paraíso Pelo caminho do incomum... Sei que de tanto andar por essas curvas Percebo agora na encruzilhada Que talvez a coisa certa Seja sair desta amada estrada Seja, realmente, abandonar esse sonho Seja encarar que as coisas são... Como são E que talvez estejam finalmente em seu lugar...

Entre raízes e ventos (25/09/2024)

Vi você brotar como flor em solo que cuidei,   um jardim de afetos, onde meus olhos repousavam.   Era o tempo emoldurado em riso,   um laço de carinho, tão forte, tão sutil,   mas o vento soprou, e sem aviso,   você seguiu o voo que a vida lhe deu.   Não culpo o vento, nem o céu que o guiou,   pois sei que o horizonte chama e a alma anseia,   mas há um silêncio que pesa entre as folhas caídas,   uma saudade que não sei onde guardar.   Hoje, no dia que celebra seu florescer,   desejo que o sol aqueça seus passos,   que a vida te traga o perfume mais doce,   e que, ao seguir seu caminho,   você nunca esqueça das raízes que te viram crescer.   E se o vento soprar de volta,   minhas portas estarão sempre abertas ,   para que possamos, de novo, dividir   o mesmo campo de sonhos.  

Eu poderia gostar de você (15/09/2024)

Ainda sinto seu hálito quente A barba por fazer   Sua língua descobrindo minha língua   Num momento separado no espaço   Meu gosto no seu gosto   Meu corpo no seu corpo   E eu poderia gostar de você...   Se não fosse pela distância   Que vai além do toque,   Pela ausência que se instala   Mesmo quando você está aqui.   Se não fosse pelas palavras   Que ficam presas,   E pela promessa silenciosa   De que o futuro nos escaparia   Como água entre os dedos. Eu poderia gostar de você,   Se não fosse pelo medo   Que se esconde nas entrelinhas,   Pelo vazio que se abre   Entre um beijo e o próximo.   E por saber, no fundo,   Que o fim já estava escrito   Mesmo antes de começarmos.

Pedaço Perdido De Um Poema Não Terminado (2024)

Sou a página que o vento levou,   Um verso incompleto,   Escrito às pressas e esquecido no meio da tarde.   Busco em mim pedaços que não entendo,   Palavras que ainda não sei como dizer.   Sou luta e cansaço,   Mas também sou esperança,   Mesmo que vacilante. Me perco nas estradas que tracei,   Entre mapas sem rotas e estrelas apagadas.   Tenho mais perguntas do que dias,   E as respostas parecem se esconder   No silêncio entre um suspiro e outro. Sigo caminhando,   Como quem espera o nascer do sol   Mesmo sem saber se há amanhecer.   Há mais mistério em mim   Do que certezas,   Por que sou um Pedaço perdido de um poema não terminado.

Era pra ser só mais um domingo (09/2024)

  Era pra ser só mais um domingo Onde o sol se espalha preguiçoso, E o vento dança sem compromisso. Era pra ser dia de café morno, Livro sobre a mesa, Silêncios confortáveis. Mas há dias em que a ausência Se faz presença sem aviso, Entre o som da chaleira E a sombra na varanda vazia. Dias em que o tempo tropeça E o olhar se perde no vão da porta Que não se abre. Era pra ser só mais um domingo, Mas o relógio insiste em lembrar De tudo o que não foi, De tudo o que ficou. O espaço ao lado ecoa mais alto Que qualquer palavra dita, E a memória vira uma brisa fria Que toca o rosto sem permissão. Era pra ser só mais um domingo, Mas hoje, o silêncio tem outro nome.

Retiro-me (10/08/2024)

Eu vejo nos teus olhos, O amor que tenta me alcançar, Mas tu amas com ausências, E isso me faz afastar. Teu amor é feito de espaços, De vazios que preenches com silêncio, Eu compreendo teu afeto, Mas não posso viver nesse enredo. Tuas palavras são suaves, Mas carregam a sombra da distância, E mesmo que queiras me amar, Eu sinto a frieza da tua constância. Por isso, me retiro agora, Deixo que ames do teu jeito, Pois sei que tu precisas de ausência, Para manter o amor no peito. Eu aceito o que me ofereces, Mas preciso partir, por fim, Pois amor que se faz com ausências, Não é o amor que cabe em mim.

Sumir de Mansinho (10/08/2024)

Você foi ficando distante, Deixou seu perfume em cada canto, Mas levou o calor do abraço, Fiquei com as sombras e o vento. Seu riso ecoa em memórias, Mas seu toque se esvaiu, Gostar de você é viver Com a saudade que nunca partiu. Teu silêncio é presença constante, Um eco que nunca se vai, E no vazio de tua ausência, Meu amor, ainda mais se contrai. Sei que some por querer, Talvez por medo ou cansaço, Mas amar você é aceitar Que mesmo longe, ainda faço laço.

Aprender dói (07/2024)

 Aprender dói  Mudar dói Entender algumas coisas dói Mas depois que você aprende Depois que você muda Depois que você entende Ninguém mais te machuca Ninguém mais te controla Ninguém mais te engana. Mais no blog📒, link na Bio.  #livro #escritores #escrever #poesia #poema #escritor #palavrassoltas #escritora #sentimentoemverso #sentir #AutoEstima #MOOD #historias #historia #romance #romancebooks #luto #sentaquelavemhistoria #reflexaododia  #VivaOAgora #AmorEterno #Reflexão #AmeHoje #EcosLiterários #OusandoSonhar #Renascimento #HistóriasQueInspiram

A Rosa e o Tempo (2024)

No jardim das horas vividas, Surge a rosa, tão florida, Cores que o tempo pinta, No silêncio, ela ressuscita. A cada pétala que se abre, Um momento que não se sabe, Se é o passado que sussurra, Ou o futuro que murmura. Rosa, símbolo de encanto, No abraço do tempo, seu manto, Floresce em todas as estações, Em sinfonia de emoções. O tempo, guardião sutil, Passa lento, passa abril, Leva e traz a rosa bela, No ciclo eterno, a sentinela. Cada ruga, uma história, Cada perfume, uma memória, A rosa e o tempo, entrelaçados, Caminham juntos, lado a lado. No fim do dia, ao crepúsculo, O tempo reverencia o vulto, Da rosa, que na eternidade, Encontra a sua verdade.

Até que a morte os separe (2024)

Até que a morte os separe, dizem Mas é uma falácia, uma venda ilusória A morte não separa ninguém, perceba: Pois ficam as memórias,  as lembranças,  a história Sinto falta do seu cheiro,  do seu gosto,  da sua voz Saber que você nunca mais entrará por aquela porta Com suas brincadeiras inconvenientes  e sua gargalhada barulhenta É o que mais dói,  é o que mais corta Viúvo é quem vai, dizem mais uma vez Mas quem fica é dilacerado. Procurando sentir de novo,  ver de novo Tocar o que já foi,  reviver o impossível Vivo ansiosa pelo que vem depois,  depois de nós Mas dentro de mim um não grita feroz Porque para que haja o depois,  eu preciso colocar um fim no agora E como fechar essa porta?  Como construir uma nova história carregando você na memória? Será que existe um final feliz depois de nós? O que resta para mim depois de nós? Uma vida de sombras  e lembranças de nós? Uma ânsia por liberdade  que sempre termina em nós? Nos sussurros da noite, nos ecos do dia A dor é companheira, a saud

Não Quero (2003)

        Não quero te amar Nem ao menos precisar de você. Não quero te querer. Não quero te olhar Nem ter que te ver. Nem ao menos te querer. Não vou te procurar Não vou te fazer sofrer. E não, eu não quero te querer. Não vou te sentir Nem te fazer me sentir. Não quero te fazer me querer. E não! Oh, não! Não quero te querer. Nem te ver Nem sentir Não quero te ouvir! Nem sonhar Nem pedir Não quero você aqui. Nem no sim Nem no não Não quero suas mãos Dor e solução Não quero te querer então. Hoje não... Hoje não... Não quero te querer... oh não... Hoje não...  

Renasce (2024)

No meu coração ficaram muitas palavras, Um vocabulário inteiro de ilusões, Tudo que morre fica vivo na lembrança, E é difícil viver com um cemitério na cabeça… Nas ruas da alma, ecoam passos perdidos, Sombras de amores que o tempo não apaga, Entre suspiros e sonhos não vividos, A vida se desenha em linhas vagas. Lágrimas que o destino fez poesia, Em cada canto, um verso de saudade, Na melodia de uma doce agonia, Bailam lembranças de uma antiga verdade. Mas veja, mesmo com a dor que me abraça, Cada memória, uma história, um aprendizado, Transformo o luto em força, e o passo, em graça, Pois ainda que ferida, não estou quebrada. Então, sigo com um cemitério na mente, Mas no peito, um jardim de esperança floresce, Porque cada final é um começo, e sutilmente, A vida me ensina que tudo renasce.