Pular para o conteúdo principal

O Que As Mulheres Querem: O Mapa

Queridos homens confusos, trago respostas. 

Se vocês assistiram à série Ninguém Quer, sabem que o personagem Noah, aquele rabino charmoso interpretado por Adam Brody, é um exemplo perfeito do que queremos discutir aqui. Ele não é apenas um cara bonitinho com boas intenções, ele é a personificação de um dos maiores desejos das mulheres: clareza e reciprocidade.

Sabe aquele cara que a gente bate o olho e pensa: “Parece bom demais para ser verdade”? Pois é, mas ele não está aqui para ser um príncipe encantado – ele está aqui para te ensinar como navegar esse labirinto chamado relacionamento moderno.

Primeiro, vamos dar um zoom nesse personagem. Noah, em sua essência, sabe uma coisa que muitos de vocês ainda estão lutando para aprender: Comprometimento não significa prisão perpétua. O homem é honesto, comprometido com aquilo que ele sente no momento, sem criar falsas promessas. E aí que mora a mágica: o comprometimento dele não é com a ideia de um relacionamento perfeito, mas com a pessoa que ele tem à sua frente, no agora. Ele deixa claro o que está disposto a dar e, mais importante, o que não está. Não é sobre construir uma casa de veraneio juntos em 48h, é sobre fazer do encontro, seja ele uma noite ou uma temporada, algo real e verdadeiro.

Agora vamos falar de honestidade. Não, honestidade não é só “Não vou te trair”. É colocar os pingos nos i’s antes de tudo. “Olha, tô afim de algo casual.” “Não sei o que quero, mas tô a fim de descobrir com você.” “Talvez seja só hoje, mas hoje eu estou aqui.” Parece simples, né? Mas é aqui que muitos tropeçam e caem feio. Quantas vezes ouvimos promessas que não eram promessas de verdade? Quantas vezes ouvimos “quero algo sério” e no fundo a tradução era “quero algo agora, mas sem amarras”? E aí a culpa é nossa de ter entendido errado? Não, amados. Honestidade é não deixar brecha para confusão. Fala, entrega o que é real e depois lida com o que vier. Simples assim.

E o que dizer da vulnerabilidade? Essa palavrinha que muitos de vocês têm pavor de pronunciar em voz alta. Vulnerabilidade não é fraqueza, muito pelo contrário. Quando Noah mostra suas falhas, medos e inseguranças, ele se torna mais humano, mais acessível. Mulheres não estão em busca de super-heróis, estão à procura de pessoas reais que se mostrem de corpo e alma, por inteiro, sem máscaras. Sim, a gente quer alguém que entenda que a vida não é só uma linha reta de conquistas e sucessos, e que estar vulnerável é parte do pacote.

E, claro, a sensibilidade – ah, essa joia rara! Não é fazer serenata à luz da lua (embora ninguém vá reclamar, ok?), mas sim aquela capacidade de estar presente e entender o que está acontecendo no ambiente emocional do momento. Quando Noah se envolve com sua parceira, ele escuta. Não só com os ouvidos, mas com o corpo todo. Ele entende quando ela quer ser ouvida e quando ela quer espaço. Ele não precisa ser um oráculo, só precisa estar atento. Muitas vezes, o simples fato de prestar atenção faz toda a diferença.

E, no fim, sabe qual é o ponto crucial que separa o joio do trigo? A clareza. Mulheres não estão exigindo um contrato vitalício com sangue, suor e lágrimas. A gente só quer que as coisas sejam claras. Se você quer só uma noite, ok! Se está aberto para algo mais, melhor ainda! O que não dá é jogar o jogo da confusão. Porque, sim, estamos cansadas dos sinais ambíguos. Quando as coisas não ficam claras, quando você joga palavras ao vento e depois se esconde atrás do famoso “você entendeu errado”, é aí que a confusão vira culpa nossa. Não, meu caro. A responsabilidade é mútua. A reciprocidade não é só sobre amar ou se envolver; é sobre ser sincero sobre o que se quer, o que se sente e o que se pode dar.

E se você não aguenta uma mulher livre, que sabe o que quer, talvez a liberdade que você diz querer também seja só da boca pra fora. Porque liberdade de verdade, num relacionamento, é deixar claro o que você busca e aceitar o que o outro tem para oferecer, sem ilusão ou falsa expectativa. Quem não aguenta a verdade não deveria brincar com quem vive de peito aberto.

Então, para todos os Noahs por aí: não é complicado, não precisa ser perfeito. Só precisa ser sincero. Isso sim é o verdadeiro mapa da mina.

Comentários

Mais Vistas

E se tudo isso for um sonho?

Às vezes, me pego nesses devaneios, questionando o sentido de tudo. E se essa realidade for uma ilusão, uma Matrix onde tudo está escrito? Ou se, ao contrário, formos apenas um acidente cósmico sem direção, sem propósito? O que houve antes, o que virá depois? Difícil saber. Talvez nunca saibamos. Mas, enquanto tentamos decifrar esse enigma chamado vida, estamos, na verdade, perdendo o que ela tem de mais importante: o agora. Nos prendemos tanto aos "e se" que esquecemos de viver o que está bem diante de nós. Temos medo de arriscar, de nos jogar, de falhar, como se essa experiência fosse eterna. Mas não é. A vida é efêmera, fugaz. E se essa for a nossa única chance? Se não houver nada depois? A pergunta que fica é:  por que não?  Por que não arriscar, se aventurar, tentar, falhar? Agora, se houver algo depois, o que você quer ver quando olhar para trás? Quer ser conhecida como aquela que teve medo de viver? Que se acovardou? Pense na retrospectiva da sua vida passando em um te

Carente

Tem dias que a gente acorda com o coração apertado e um nó na garganta, sem motivo aparente. Tá tudo bem, a vida tá até incrível, mas por dentro a gente se sente meio bosta, meio vazia.  Um misto de gratidão e tristeza que parece não fazer sentido, um desânimo que chega sorrateiro, mesmo quando a vida está sorrindo para a gente. Hoje, por exemplo, eu estou vivendo um dos melhores momentos da minha vida — realizo conquistas, tenho paz, o universo parece colaborar (finalmente, rsrs) . E ainda assim, uma carência bate. Uma vontade de ter alguém por perto, de sentir o calor de outro corpo, aquele abraço apertado que dissolve todos os problemas, até os que a gente não sabia que tinha. Sinto falta de acordar com um beijo suave no pescoço, um "bom dia" sussurrado no ouvido enquanto o mundo lá fora parece não existir. Aquela mensagem inesperada que chega no meio da tarde, trazendo um calor no peito, uma faísca de vida no dia,  só pra lembrar que você é importante, que alguém tá pensa

Quem é você em "Sex and the City"?

A verdade é que a gente se reconhece nelas, mas isso também nos incomoda... Porque, no fundo, todas somos um pouquinho Carrie, Charlotte, Miranda e Samantha. Vamos começar com  Carrie Bradshaw , a personagem que nos conquista com seu estilo único e sua habilidade de transformar a vida caótica em colunas deliciosamente irônicas. Mas, por trás de todo o glamour e das roupas de grife, o que mais nos pega em Carrie é sua insegurança quase crônica — e, ao mesmo tempo, irritante. Quem nunca se pegou torcendo para que ela parasse de colocar  Big  como prioridade? Carrie é o tipo de mulher que tropeça, literalmente, nas próprias escolhas, sem nunca conseguir aprender de fato com seus erros. O relacionamento dela com Big é o maior exemplo disso. Ela se entrega, se ilude, se machuca, mas sempre volta. E, sinceramente? Quem nunca passou por isso? O que realmente nos incomoda em Carrie é que, de certa forma, a gente se identifica. Sabemos como é difícil quebrar esse ciclo, como é fácil passar pano