O que é traição? Será que existe uma definição universal ou ela muda conforme o olhar de cada um? Para muitos, traição é o rompimento de um pacto de exclusividade sexual ou emocional. Mas será que isso é realmente o que mais fere? Talvez o verdadeiro peso da traição não esteja apenas na ação, mas no que ela destrói: a confiança, o respeito e a segurança.
Para mim, lealdade é a base de tudo. E não, lealdade não é sinônimo de fidelidade. A lealdade é mais profunda, é aquela força invisível que sustenta o relacionamento, mesmo quando as imperfeições aparecem. A fidelidade, como muitos pregam, pode ser um ideal quase inalcançável. Não estou dizendo que é impossível, mas parece algo que exige um controle quase sobre-humano. E quem nunca tropeçou? Quem nunca teve um momento de fraqueza?
O erro pode até acontecer — não deveria, mas pode. Porém, o que vem depois disso é o verdadeiro teste: a coragem de assumir o que foi feito, a capacidade de respeitar o outro a ponto de ser sincero, mesmo que doa. Não se trata de justificar um erro, mas de reconhecer que somos falhos. E nesse reconhecimento, encontramos a lealdade.
A lealdade exige coragem. Coragem para não se esconder, para encarar as consequências, para ser honesto consigo mesmo e com o outro. Ser leal é não se esquivar da responsabilidade, é não minimizar o que foi feito. É se comprometer a cuidar do outro, mesmo nas tempestades.
Então, deve-se contar? Depende do que se preza no relacionamento. Se a lealdade é o pilar, a verdade deve vir à tona, não como um pedido de desculpas, mas como um gesto de respeito. Fidelidade pode ser um fardo pesado, uma expectativa sufocante, mas a lealdade é sobre manter o compromisso com o que é real, mesmo quando tudo está à beira do colapso.
No fim das contas, é isso que mais importa: respeito, carinho e confiança, que só podem existir onde há lealdade.
Comentários
Postar um comentário
Fala comigo: