Era pra ser só mais um domingo
Onde o sol se espalha preguiçoso,
E o vento dança sem compromisso.
Era pra ser dia de café morno,
Livro sobre a mesa,
Silêncios confortáveis.
Mas há dias em que a ausência
Se faz presença sem aviso,
Entre o som da chaleira
E a sombra na varanda vazia.
Dias em que o tempo tropeça
E o olhar se perde no vão da porta
Que não se abre.
Era pra ser só mais um domingo,
Mas o relógio insiste em lembrar
De tudo o que não foi,
De tudo o que ficou.
O espaço ao lado ecoa mais alto
Que qualquer palavra dita,
E a memória vira uma brisa fria
Que toca o rosto sem permissão.
Era pra ser só mais um domingo,
Mas hoje, o silêncio tem outro nome.
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