Ressignificar a dor é uma jornada íntima e transformadora. Muitos se perguntam o que fazer com as aflições que carregam, e a resposta que encontrei reside na arte da metamorfose pessoal. Ao escrever, dou voz aos meus sofrimentos, transmutando-os em versos e rimas. Essa alquimia de palavras torna minha dor não apenas compreensível, mas também suportável.
É assim que atravesso tempestades, colocando cada fragmento de angústia em letras, convertendo o tormento em beleza melancólica e renovada. Transformando toda a dor em algo bonito, ainda que triste, algo novo, ainda que doloroso. Mas transformando em algo: Resignificando.
Refletia sobre isso hoje: como podemos reaproveitar, reciclar e reutilizar a dor? Existe um temor generalizado em sentir, uma crença equivocada de que superar é sinônimo de anestesiar o coração. No entanto, sentir a dor é um ato de bravura. Encarar o medo e a dor de frente, transformando-os em arte, em palavras, ou em algo que possa ser vivenciado, experienciado e compartilhado, é despir a alma diante do mundo. É um convite para que outros vivenciem e experienciem através de nossa expressão. É permitir que a dor desabroche em algo novo, algo que transcenda a individualidade e toque a coletividade. Ressignificar, então, torna-se um ato não apenas de cura pessoal, mas também de comunhão e esperança compartilhada.
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