Passei em frente ao seu bar preferido
Não resisti, entrei.
Vi seus muitos amigos
Cumprimentei.
Observei a mesa
Que sempre te abrigou
Com o copo de cerveja
Que você não tocou.
Bebi em sua memória…
Em mais uma tentativa tortuosa
Na esperança vã que a saudade levou…
E teu assento continua vazio…
E você está longe…
Debaixo da terra de meus pés
Em outro lugar
Com outros olhos
O Deus que arrebata, ressuscita
O corpo que em declínio… não está mais aqui.
E a luz deste teu olhar...
Saí do teu bar
Embriagada em dor
Cerveja que tomei, você não tomou.
Passei pelos caminhos que você indicou
Olhei os rostos que você olhou
Senti as dores que você sentiu
Sorri para as bocas que você sorriu
Toquei meus lábios, porque partiu?
Sinto tanto o passado
Que me parece tão distante
O futuro tão incerto
Hoje já não é pensamento constante.
E finalmente passei pelos portões do paraíso
Como você passou
E te vi nascer com um sorriso
Quando você chorou...
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