Cada gota de água, um refúgio, um lar,
Me deixo flutuar.
E em meu silêncio consigo ver bem,
A aurora que o presente contém.
Há sonhos nas linhas - tatuagem,
O sussurro de histórias, uma antiga viagem.
O rabisco é escudo, é lâmina, é fio,
Em águas de paz, encontro o findo.
Aqui jaz o ideado, não a leveza da alma,
Por entre as ondas - calma,
No silêncio ecoa o grito - coragem
Refletido n'água uma verdade sem face.
A luz me banha, mas a sombra me guarda,
Entre luz e escuridão, minha quietude é farsa.
Entre o brilho do sol e a alma lua,
Sou a poesia viva, de Drummond, nua.
Neste instante suspenso, a vida é um enigma,
E eu, uma viajante, entre a página e a rima.
No silêncio de minhas lágrimas, um universo a desdobrar,
Cada sorriso é convite: desbravar.
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