Pular para o conteúdo principal

Hoje é meu aniversário

Não sei nem o que dizer. Uma mistura de gratidão com tristeza, de esperança com medo…

Há um ano eu estava com COVID, trancada em casa com o Rafa. Ele fez pipoca e desenhou uma vela de catchup para “comemorarmos”. 

Eu tinha inúmeros planos e desejos para aquele novo ciclo. 

10 dias depois eu me via sentada ao lado do corpo frio do Rafa nas piores horas da minha vida.

Sei que não é dia de pensar nisso. Mas é nisso que estou pensando: como as coisas mudam de um minuto pro outro? Tão de repente. Do nada o que era deixa de ser, o certo torna-se duvidoso e todos os planos escorrem pelo ralo. 

Há um ano eu não queria pedir nada. Eu só agradecia pq tinha a vida perfeita. Eu estava tão feliz. Comi a pipoca, rimos vendo TV, recostei no colo dele e dormi, aquecida, protegida, amada. 

Há quem pense que foi um dia sem graça. Eu digo que foi perfeito. Mais um dia perfeito. 

Eu só queria ter aproveitado mais. Ter tido mais aniversários pra comemorar com você. Ter tido mais carnavais, mais natais, mais anos novos. 

Eu não tenho nada pra pedir hoje. Pq o que eu queria ninguém vai me dar. Pq não dá pra voltar no tempo. Mas no fundo eu só queria um abraço seu… ou receber notícias… 

Parabéns pra mim… completei mais um ciclo… 

Sei que você tá olhando por mim… Obrigada por tudo! Te amo. 


#aniversario #luto 


Comentários

Mais Vistas

E se tudo isso for um sonho?

Às vezes, me pego nesses devaneios, questionando o sentido de tudo. E se essa realidade for uma ilusão, uma Matrix onde tudo está escrito? Ou se, ao contrário, formos apenas um acidente cósmico sem direção, sem propósito? O que houve antes, o que virá depois? Difícil saber. Talvez nunca saibamos. Mas, enquanto tentamos decifrar esse enigma chamado vida, estamos, na verdade, perdendo o que ela tem de mais importante: o agora. Nos prendemos tanto aos "e se" que esquecemos de viver o que está bem diante de nós. Temos medo de arriscar, de nos jogar, de falhar, como se essa experiência fosse eterna. Mas não é. A vida é efêmera, fugaz. E se essa for a nossa única chance? Se não houver nada depois? A pergunta que fica é:  por que não?  Por que não arriscar, se aventurar, tentar, falhar? Agora, se houver algo depois, o que você quer ver quando olhar para trás? Quer ser conhecida como aquela que teve medo de viver? Que se acovardou? Pense na retrospectiva da sua vida passando em um te

Carente

Tem dias que a gente acorda com o coração apertado e um nó na garganta, sem motivo aparente. Tá tudo bem, a vida tá até incrível, mas por dentro a gente se sente meio bosta, meio vazia.  Um misto de gratidão e tristeza que parece não fazer sentido, um desânimo que chega sorrateiro, mesmo quando a vida está sorrindo para a gente. Hoje, por exemplo, eu estou vivendo um dos melhores momentos da minha vida — realizo conquistas, tenho paz, o universo parece colaborar (finalmente, rsrs) . E ainda assim, uma carência bate. Uma vontade de ter alguém por perto, de sentir o calor de outro corpo, aquele abraço apertado que dissolve todos os problemas, até os que a gente não sabia que tinha. Sinto falta de acordar com um beijo suave no pescoço, um "bom dia" sussurrado no ouvido enquanto o mundo lá fora parece não existir. Aquela mensagem inesperada que chega no meio da tarde, trazendo um calor no peito, uma faísca de vida no dia,  só pra lembrar que você é importante, que alguém tá pensa

Quem é você em "Sex and the City"?

A verdade é que a gente se reconhece nelas, mas isso também nos incomoda... Porque, no fundo, todas somos um pouquinho Carrie, Charlotte, Miranda e Samantha. Vamos começar com  Carrie Bradshaw , a personagem que nos conquista com seu estilo único e sua habilidade de transformar a vida caótica em colunas deliciosamente irônicas. Mas, por trás de todo o glamour e das roupas de grife, o que mais nos pega em Carrie é sua insegurança quase crônica — e, ao mesmo tempo, irritante. Quem nunca se pegou torcendo para que ela parasse de colocar  Big  como prioridade? Carrie é o tipo de mulher que tropeça, literalmente, nas próprias escolhas, sem nunca conseguir aprender de fato com seus erros. O relacionamento dela com Big é o maior exemplo disso. Ela se entrega, se ilude, se machuca, mas sempre volta. E, sinceramente? Quem nunca passou por isso? O que realmente nos incomoda em Carrie é que, de certa forma, a gente se identifica. Sabemos como é difícil quebrar esse ciclo, como é fácil passar pano