Talvez as coisas estejam finalmente chegando ao seu lugar
Que talvez seja lugar algum
Depois da curva do vazio
Talvez meu coração se cale
E os gritos
A dor
E os gemidos
Tornem-se uma parte escura da estrada.
Talvez as coisas estejam finalmente chegando em seu lugar
Mesmo que o lugar seja um lugar cinzento
Sem música e cores vibrantes
Sem apelos e paixões inconstantes
E sem dor
E sem sabor.
Porque nem eu sei como cheguei até aqui
Não sei qual curva eu virei sem perceber
Eu sei que andei mesmo sem querer,
Eu sei que vi chover...
E de repente eu estava nesta estrada
Que não sei onde leva? Se me leva?
Estou enganada!
Estou perdida caminhando por lugar nenhum
Querendo chegar ao meu paraíso
Pelo caminho do incomum...
Sei que de tanto andar por essas curvas
Percebo agora na encruzilhada
Que talvez a coisa certa
Seja sair desta amada estrada
Seja, realmente, abandonar esse sonho
Seja encarar que as coisas são... Como são
E que talvez estejam finalmente em seu lugar...
Às vezes, me pego nesses devaneios, questionando o sentido de tudo. E se essa realidade for uma ilusão, uma Matrix onde tudo está escrito? Ou se, ao contrário, formos apenas um acidente cósmico sem direção, sem propósito? O que houve antes, o que virá depois? Difícil saber. Talvez nunca saibamos. Mas, enquanto tentamos decifrar esse enigma chamado vida, estamos, na verdade, perdendo o que ela tem de mais importante: o agora. Nos prendemos tanto aos "e se" que esquecemos de viver o que está bem diante de nós. Temos medo de arriscar, de nos jogar, de falhar, como se essa experiência fosse eterna. Mas não é. A vida é efêmera, fugaz. E se essa for a nossa única chance? Se não houver nada depois? A pergunta que fica é: por que não? Por que não arriscar, se aventurar, tentar, falhar? Agora, se houver algo depois, o que você quer ver quando olhar para trás? Quer ser conhecida como aquela que teve medo de viver? Que se acovardou? Pense na retrospectiva da sua vida passando em um te
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