Eu estava indo para o trabalho hoje, pensando em tudo o que quis e tudo o que conquistei. Estava indo para o trabalho e lembrando de todas as vezes que desisti, de todas as vezes que senti medo. Lembrei das tantas conversas que já tive com meus pais, das gargalhadas e das lágrimas, sentada na beirada da cama deles, enquanto eles me davam inúmeras visões do mesmo assunto. Enquanto discordavam de mim, sempre defendendo o outro lado, ou apenas me mostrando que existem dois lados. Hoje, estava lembrando das tantas vezes que estufei o peito e disse que o mundo estava em minhas mãos e que eu resolveria tudo... rs... tantas dessas vezes em que enfiei ainda mais os pés pelas mãos e voltei para a cama dos meus pais, ainda mais assustada.
Quantas vezes preferi ostentar meu orgulho e valorizar meu amor-próprio – insubstituível – bradando que a dignidade era o que importava, sendo que estava me humilhando incontáveis vezes...
Deus! Fico pensando em tudo o que já perdi por medo... essa necessidade ridícula de parecer estar bem e ser autossuficiente, essa necessidade de não precisar de ninguém, que está me tornando cada vez mais orgulhosa e carente...
E sabe o que é pior? É que conheço o erro, e vivo me analisando e reanalisando para entender minha mente confusa, e de repente estou cometendo os mesmos erros, me deixando dominar pelos mesmos medos e perdendo repetidamente a mesma guerra...
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